domingo, 20 de setembro de 2009

mudança, casa nova... o Ando eu, andam eles - agora está em: http://www.jocordeiro.com.br/

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Com o tempo o embaçar dos olhos passa. Passa a experiência triste que atormentou o dia, as noites, que atormentou o próprio tempo. Hoje, vem ele mesmo brincar comigo com a dor que já não doi, com as lembranças que sustento mas que já não me desperta emoção... nem boa, nem ruim.

De longe, de fora, do alto, percebo o caminho... É o caminho que dá o sentido. É nele que me reconheço, que me moldo, que me leio. É nele que existo.

Se perco na memória o trajeto desse caminho, perco a mim mesma. Angustiada me persigo, quero dar conta de cada passo, se os dei, dei por algum motivo...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A culpa é sua!!!!

Fácil é ser vítima. É fácil não decidir, não opinar, acomodar-se às vontades do outro, deixar que decidam por você. Se der merda, a culpa será daquele que escolheu em seu lugar. Certo? Errado! A tentativa de culpar os outros por nossas escolhas e atitudes é tão antiga quanto o próprio homem. Quem consegue esquecer Adão culpando a mulher por comer o fruto proibido? Ou ainda, "... a mulher que me deste..." disse ele a Deus, numa tentativa de culpar também o criador por lhe ter dado uma mulher fraca (fracos Eva e Adão - ambos debruçaram a culpa sobre o outro, assumindo o lugar de vítima). Somos assim... procuramos dia-a-dia projetar nossas escolhas mal-sucedidas no outro, a fim de guardar-nos apenas para os acertos, para as glórias (essas ninguém nunca passa a bola). Podemos também nos esconder por trás dos "muros de uma sociedade livre..." livre para ações mas nunca para as reações. Para se pensar num homem livre, temos que pensar num homem amarrado às suas buscas, a seus projetos e amarrado também às consequências dos passos em seu caminho... (chega a ser contraditorio, mas essa é a liberdade consciente). Se é o homem livre para fazer, também deverá ser, para sustentar as consequências dessas ações. Já não há espaço para interpretação da vítima... é necessário entender que mesmo a submissão da vontade já é uma escolha.

sábado, 29 de agosto de 2009

O completo? não, não... longe demais

Cada um passa por seus dias buscando alguma coisa. A tal busca do "objeto perdido"... essa sensação de vazio, de "falta" que impulsiona na procura do completo. Piração é achar que algum dia estaremos assim... completos! Chega a ser angustiante mas também o seria se fosse o contrário. Acordei hoje com vontade de não sentir vontade. Agoniada por estar sempre insatisfeita. E por alguns minutos idealizei uma vida assim... sem buscas! rrss... e só em imaginar, fiquei enfadada. Nada a desejar, nada a planejar, nada a construir... não aguentaria a monotonia, morte por depressão com certeza! Então, fiz diferente: Pensei e até rabisquei uma lista de "desejos"... e quanto mais pensei, mas quis...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

onde moro?


Hoje precisava da casa de minha infância... o sobrado branco, local que guarda muitos dos meus melhores dias. Não que os meus dias sejam ruins, mas ali eles eram completos. Eu era completa, embora não tivesse consciência disso. Ali está guardado o cheiro da comida de minha mãe , os sons desafinados do meu pai ao violão, minha inocência, meu riso mais puro, os cachorros que tivemos, os planos para o futuro, os sonhos. Ali está guardada minha familia... pai, mãe, irmãos. Nenhum luxo, mas toda riqueza que alguém pode ter. Hoje precisava apenas sentir que nada mudou. Que tudo continua intocável. Sem nenhuma rachadura... precisava encontrar todos e assim me encontrar. Encontrar a menininha branquela, de franja, barrigudinha e feliz que acreditava em fadas...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Querida angústia...

Estou pensativa há alguns dias sobre determinadas areas de minha vida... será a crise dos trinta batendo à porta (rsrs) ? Bom, o que sei é que me reconheço inteira em muitos aspectos mas em outros, haja fragmentos!
Bom ou ruim passamos os nossos dias levando as coisas até que essa sensação de desconforto começa a nos inquietar sob forma de angústia (por angústia entendo como: febre interna não menos de 38 graus que provoca grande desconforto -kkkk). Pois é, e se o corpo tem febre, procuramos descobrir onde adoeceu... se há infecção, qual a mensagem que essa nos traz antes que seja tarde. Assim também percebo a angústia, como aliada rumo a saúde interna - e que sinaliza quando há algo que precisa ser olhado com mais cuidado. As duas sinalizam o que não vai bem. Então se toda mudança acontece por causa de um problema e todo problema surge quando pensamos, é a angústia que permite esse movimento. Vamos com calma! Se as coisas estão bem não há necessidade de pensar sobre elas. Estão ali... em perfeita ordem, se movendo dia a dia em pleno equilibrio como se é esperado. Mas se algo sai do compasso, todo resto sente, causando algum tipo de desequilibrio... Paramos um pouco e pensamos sobre aquilo. Ao pensar, somos motivados a restaurar a ordem (se é que havia mesmo uma ordem) ou procurar soluções, bem como possiveis mudanças. Chegado a um lugar de conforto, paramos e assim quase que imediatamente cessa a agonia. Saimos do lugar em que estavámos e de alguma forma nos movemos - o que não aconteceria se não fosse pela angústia.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Bem me quer, mal me quer...

Olhando amores em potencial me pego na interrogaçao se vale a pena ou não abrir a alma... apegar-se a um novo ser estranho. Com horários estranhos, gostos diversos, pensamentos opostos... É tão mais cômodo ficar só. Quando um amor se vai, o ser construido durante a relação não vai junto imediatamente. Percebo então que o fica ao final de um amor é essa confusão de quem somos, de onde estamos e o que temos que é nosso de fato... uma bagunça do EU com o OUTRO = NÓS (que já não existe) confusão total!!! Por mais equilibrados que sejamos, estar com alguém nos modifica... modificam hábitos, horários, vontades. Soma e subtração todo o tempo. Tiro isso, acrescento aquilo... mas quando o amor vai, o que dói não é necessariamente essa perda do OUTRO mas a perda do que este nos trouxe, do que foi construido junto e o não saber do que será feito com aquilo que nos foi acrescentado. Porque tudo sofreu influência! Desprender-se de quem nos tornamos não nos levará a quem éramos. Mudamos ao nos relacionar e isso é fato! Por isso resgatar essa parte da identidade é tão dificil... (não falo de essência - essa está sempre ali, mas falo do "eu expressivo" o eu da ação...) Então aqui estou... olhando as janelas que se apresentam: uma - o novo, o desconhecido, o "possivel" amor. A outra janela: é aquela que já conheço... o Eu, que já consigo definir passado um pouco de tempo de afastamento do antigo amor, o já se adaptou a novos hábitos. Qual janela abro? Se é que posso decidir... posso aceitar as palavras do poeta Vander Lee ao cantar: "as flores vão nascer do querer, sem querer..." deixando-me levar (rs rs rs). Acho que já tenho a resposta! Acomodar-se? Não! Isso com o tempo também me traria angústia. Melhor mesmo é me movimentar!!!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Sinto paz hoje para tirar essa roupa. A roupagem velha, apertada, sem cor e sem graça que insisto em vestir... ficar nua, jogar peça por peça no lixo. É o chamado tempo da travessia de que Fernando Pessoa falou e apesar de achar o poema lindo, sempre deixei esse tal momento para amanhã e depois e depois e por ai passou um mês, passaram dois, três... um ano e outro ano, continuei usando uma roupa que não servia, que não era minha. Só que hoje... sinto-me tão forte e decidida a ponto de estar assim, despida! Despida de um tempo que acreditei ser bom, mas não foi. Um tempo de descuido de mim, para cuidado do outro. Hoje é meu dia! Sei que estar nua também não é confortável... não todo o tempo (kkk), mas é melhor que uns jeans justo que impossibilita os movimentos. Logo eu, que adoro me movimentar! Fiquei assim, travada por este traje desbotado e pesado. Respiro e até sinto um pouco de frio... a alma tem vontade de estar aquecida. Mesmo assim, o frio é melhor que a antiga farda. Logo o inverno passa e a alma encontra o calor de outras vestes.

domingo, 12 de julho de 2009

O silêncio fala... e por vezes grita. Hoje sua voz é mais forte que a minha. Hoje ele é mais forte que as palavras que forço para não vomitar... minhas palavras hoje só trariam confusão. Letras e letras, rabiscos indefinidos numa folha de um dia qualquer... estranhamente, opto hoje pelo silêncio.